Telefisoterapia para Amputados RAMP
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NOSSOS ARTIGOS
Nesta página você poderá ler cada resumo dos artigos que foram feitos a partir do Programa Reabilitar e Integrar da Universidade do Estado de Santa Catarina e acessá-los clicando nos PDF's.
Experiências na Extensão Universitária: Reabilitação de Amputados
Kadine Priscila Bender dos Santos
Soraia Cristina Tonon da Luz
RESUMO Este estudo relata as atividades do Projeto de Extensão Reabilitar e Integrar: Reabilitação Multidisciplinar em Amputados, da Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc), integradas à Rede de Atenção à Saúde. Pretende-se divulgar a experiência e os métodos aqui utilizados para aprimorar o processo de ensino-aprendizado que visa a uma formação profissional atenta à promoção da saúde da população em questão. Apresenta-se o projeto e descreve-se o desenvolvimento teórico-prático dos objetivos, ações e recursos empregados em sua execução, a fim de oferecer uma revisão e reflexão que contribuam para um enfoque na reabilitação integral de pessoas amputadas. Este projeto se traduz como uma oportunidade de a Instituição de Ensino Superior (IES) contribuir com a Rede de Atenção à Saúde da pessoa que sofreu amputação, reduzindo os riscos de morbidade com ações de promoção, prevenção e prática multidisciplinar, e aprimorando as habilidades e competências de discentes e profissionais da saúde.
Análise do impacto mecânico nas próteses de um sujeito bi-amputado durante a marcha
Thessaly Puel de Oliveira , Soraia Cristina Tonon da Luz , André Palermo Szücs , Mário César de Andrade , Aluísio Otávio Vargas Ávila, Juliano Joaquim Tonon e Francisco José Berral de la Rosa.
Resumo: Observa-se o aumento do uso da acelerometria (medida de impactos) na aplicação clínica, especialmente para estudos da marcha acoplando-se os acelerômetros na tíbia. Entretanto, não se tem observado estudos sobre os efeitos dessas vibrações no sistema locomotor de usuários de prótese do membro inferior. O objetivo deste estudo foi medir a quantidade de impacto durante a marcha de um sujeito amputado bilateral transtibial. As coletas foram realizadas durante a marcha do sujeito caminhando a 4 km/h em uma distância de 8 metros com dois acelerômetros piezoelétricos uniaxiais fixados em dois locais distintos da prótese: inicialmente nos encaixes das próteses e posteriormente fixou-se nas hastes metálicas. Utilizou-se estatística descritiva exploratória com Anova One-Way e Post Hoc de Tukey. Constatou-se diferenças significativas com o teste Anova One-Way entre as 10 aquisições em cada local de fixação do acelerômetro. Através do Post Hoc de Tukey observou-se maiores picos de aceleração no encaixe esquerdo (p < 0,005), indicando uma maior admissão de impacto pelo coto esquerdo que possuía maior comprimento. Os maiores picos de aceleração médio encontrados durante a marcha foram: 3,57g para a prótese direita com o acelerômetro fixado na haste metálica e 5,70g para a prótese esquerda com a fixação no encaixe da prótese. Conclui-se que esta metodologia de avaliação pode ser utilizada para acompanhar o processo de reabilitação protética de sujeitos com amputação de membro inferior.
PERCEPÇÕES DE PACIENTES AMPUTADOS HOSPITALIZADOS: UMA
EXPLORAÇÃO QUALITATIVA DO PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO
Ruy Luiz Lorenzetti Branco, Kadine Priscila Bender dos Santos, Soraia Cristina Tonon da Luz, Gesilani Júlia da Silva Honório e Paulo Adão de Medeiros
Resumo: Objetivo: Conhecer as percepções de pacientes amputados no período pós-operatório imediato frente às Diretrizes de Atenção à Pessoa Amputada. Métodologia: Foram realizadas 10 entrevistas com sujeitos em pós-operatório imediato de amputação de membros inferiores em um hospital público. As entrevistas foram áudio-gravadas, transcritas e analisadas pelo software Qualitative Solutions Research (QSR) Nvivo versão
11. Resultados: A entrevista intitulada “Conversa no Leito”, abordou cinco temas geradores,que revelaram por meio de suas falas, aspectos desde a reabilitação à atuação da equipe multidisciplinar no ambiente hospitalar.
Os pacientes manifestaram tristeza pela perda do membro, e a família foi a principal responsável pelo empoderamento no ambiente hospitalar.
Conclusão: As percepções dos pacientes evidenciaram a aplicabilidade das
diretrizes no ambiente hospitalar. As diretrizes são instrumentos norteadores e servem de guia para a equipe multidisciplinar necessitando ser mais utilizada, otimizando o processo de reabilitação.
Carga da doença para as amputações de membros inferiores atribuíveis ao diabetes mellitus no Estado de Santa Catarina, Brasil, 2008-2013.
Kadine Priscila Bender dos Santos, Soraia Cristina Tonon da Luz, Luis Mochizuki e Eleonora d'Orsi.
Resumo: O objetivo foi estimar a carga da doença para as amputações de membros inferiores atribuíveis ao diabetes mellitus no Estado de Santa Catarina, Brasil, no período de 2008 a 2013. Realizou-se um estudo epidemiológico descritivo, utilizando-se o cálculo de anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (DALY – disability-adjusted life years). A carga da doença foi alta, mais de 8 mil DALY, distribuídos entre homens e mulheres. A incapacidade respondeu por 93% do DALY e a mortalidade por 7,5%. A carga dos homens foi 5.580,6 DALY, praticamente o dobro das mulheres (2.894,8), sendo que a participação do componente anos de vida saudável perdidos em virtude de incapacidade (YLD – years lost due to disability) dos homens impulsionou esta taxa para 67,6% do total do DALY. Os homens vivem mais tempo com a amputação, por isto perdem mais anos de vida sadia (65,8%), e a mortalidade é maior entre as mulheres (61%). As distribuições das taxas de DALY no estado não mostraram distribuição homogênea. A intensificação de avaliação, planejamento e desenvolvimento de estratégias custo-efetivas para a prevenção e educação em saúde para o pé diabético deve ser considera a partir da maior vulnerabilidade masculina.
Barreiras e facilitadores para o retorno ao trabalho vivenciado por pessoas amputadas de membros inferiores, sob a ótica das diretrizes brasileiras
Paloma Vanessa Coelho Camposa , Soraia Cristina Tonon da Luz , Tuane Sarmento , Vanessa Biasolia , Kadine Priscila Bender dos Santos e Gesilani Júlia da Silva Honório.
Resumo: Introdução: O número de pessoas amputadas de membro inferior é crescente e está relacionado principalmente ao estilo de vida e aos acidentes com meios de transporte. Hoje no Brasil as políticas públicas visam amparar essa população por meio de leis e diretrizes. Objetivo: Conhecer as percepções sobre as barreiras e facilitadores do retorno ao trabalho das pessoas amputadas de membros inferiores. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utilizou a técnica Grupo Focal com oito participantes adultos, de ambos os sexos, amputados de membros inferiores. Trabalhou-se a temática de retorno ao trabalho a partir dos temas geradores: acessibilidade, aposentadoria, trabalho informal e mobilidade, e com isso permitiu-se visualizar o consenso e os contrastes das opiniões dos participantes a partir de suas vivências diárias. A roda de conversa foi gravada e transcrita, sendo as falas analisadas através da análise de discurso crítica, tendo como referencial as diretrizes e leis relacionadas à atenção à pessoa amputada. Resultados: As percepções revelaram insatisfação relacionada à acessibilidade e inclusão social, dificultando uma vida ativa e o retorno às atividades profissionais. Aspectos contraditórios entre as percepções e as políticas vigentes foram percebidos em relação ao retorno ao trabalho. Conclusão: Os participantes não estão satisfeitos com o processo de inclusão social em relação ao retorno ao trabalho, pois ainda há muitos obstáculos no dia a dia do trabalhador que apresenta necessidades especiais. As leis e diretrizes para assistência de pessoas amputadas não são suficientes.
Intervenções fisioterapêuticas utilizadas em pessoas amputadas de membros inferiores pré e pós-protetização: uma revisão sistemática.
Rafael Isac Vieira; Soraia Cristina Tonon da Luz; Kadine Priscila Bender dos Santos; Erádio Gonçalvez Junior; Paloma Vanessa Coelho Campos.
Resumo: Intervenções fisioterapêuticas no paciente amputado antes e após a colocação de uma prótese são utilizadas em diversos serviços de fisioterapia, no entanto, faz-se necessária a sistematização de evidências sobre protocolos para condução da reabilitação. Objetivo: Agregar evidências científicas para guiar a prática fisioterapêutica nas fases pré e pós protetização da pessoa amputada de membro inferior. Método: Realizou-se uma revisão sistemática durante os meses de agosto à dezembro de 2014 nas bases de dados: Lilacs, Medline, Pedro, Pubmed, Scielo e Cochrane. Selecionaram-se artigos publicados no período de 2000 até o primeiro semestre de 2014, utilizando unitermos em português, inglês e espanhol. Resultados: Seis artigos atenderam aos critérios de inclusão, sendo que apenas um esteve relacionado à fase pré-protetização destacando a intervenção: enfaixamento do coto. As demais intervenções referiram-se à fase pós-protetização como fortalecimentos musculares, treino aeróbio, funcional e de marcha. Conclusão: Foram encontrados poucos artigos com evidências científicas relacionadas às principais intervenções pré e pós protetização rotineiramente usadas pelo fisioterapeuta, o que dificulta o estabelecimento de protocolos e conclusões sobre a eficácia das terapêuticas comumente descritas.
Promovendo a saúde da pessoa amputada: uma ação educativa chamada conversa no leito
Ruy Luiz Lorenzetti Branco, Kadine Priscila Bender dos Santos, Soraia Cristina Tonon da Luz
Resumo: Objetivo: O objetivo foi relatar a ação educativa intitulada “Conversa no Leito” a partir de cinco temas geradores: Reabilitação; Empoderamento; Amputação; Incertezas e Orientação. Essa pesquisa foi realizada no projeto de extensão Reabilitação Multidisciplinar em Amputados da Universidade do Estado de Santa Catarina. As ações do projeto em nível hospitalar incorporam: coleta das notificações; conversa no leito; entrega de um kit com folders informativos e faixa elástica para o enfaixamento do coto; agendamento para a avaliação fisioterapêutica no projeto de extensão pós-alta. Método: Este estudo de caso qualitativo foi realizado com uma pessoa recém-amputada de membro inferior num hospital público do município de São José/Santa Catarina. Resultados: Esta ação mostrou-se eficiente principalmente no empoderamento do paciente para o início precoce da reabilitação. Conclusão: Salienta-se atenção para capacitação da equipe multidisciplinar hospitalar envolvida quanto a orientações sobre protetização, retorno ao trabalho e esclarecimento de dúvidas gerais com atenção aos anseios do paciente e suporte familiar.
Avaliação termográfica e adaptação à prótese de amputados de membros inferiores: um olhar qualitativo.
Soraia Cristina Tonon da Luz, Amanda Reinert Silva, Gesilani Júlia da Silva Honório, Kadine Priscila Bender dos Santos, Ruy Luiz Lorenzetti Branco e Tayla Siqueira Ruy.
Resumo: Objetivo: Avaliar qualitativamente características do mapa termográfico do coto membro inferior íntegro e adaptação à prótese de pacientes amputados de membros inferiores. Método: Pesquisa qualitativa, do tipo descritiva e exploratória. Amostra foi composta por cinco indivíduos amputados de membros inferiores, de ambos os sexos, com os níveis transtibial e transfemural, idade entre 18 e 65 anos, alfabetizados e protetizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Foi realizada anamnese e avaliação termográfica analisando qualitativamente o membro íntegro e coto aplicado o questionário Prothesis Evaluation Questionnaire (PEQ). Resultados: As imagens termográficas dos indivíduos transfemurais apresentaram no membro residual aumento da temperatura em região inguinal, podendo ser devido à fricção do encaixe superior da prótese. Em toda amostra percebeu-se diminuição da temperatura na extremidade inferior do coto, apontando uma possível redução de vascularização desta região. No PEQ o domínio fortemente mais citado como desfavorável para os participantes foi o de mobilidade, principalmente nas questões de subida e descida de escadas, subida e descida de morros íngremes e andar sobre lugares escorregadios. A transpiração dentro do encaixe e o inchaço do membro residual também foram queixas bem citadas pelos participantes. Conclusão: As questões de maior impacto à adaptação da prótese foram a mobilidade, transferência caraterísticas relacionadas ao edema, sensação de peso e desconforto térmico do membro residual na região do encaixe protético. A termografia evidenciou maiores valores de temperatura do membro íntegro, assim como aumento de temperatura na região do encaixe da prótese e redução de temperatura na extremidade do coto.
Atuação de equipe multiprofissional no atendimento à pessoa amputada: contextualizando serviços e protocolos hospitalares
Bárbara Kons dos Santosa , Soraia Cristina Tonon da Luzb , Kadine Bender dos Santosa , Gesilani Júlia da Silva Honóriob e Gelcemar de Oliveira Farias
Resumo: Introdução: As Diretrizes Brasileiras de Atenção à Saúde da Pessoa Amputada preconizam protocolos de assistências pré-cirúrgicas até pós-protetização. Objetivo: Contextualizar serviços e protocolos hospitalares pré- e pós-amputação, e avaliar o processo de encaminhamento da pessoa amputada para a reabilitação e protetização pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seguido da pós-alta hospitalar. Método: Pesquisa qualitativa descritiva, realizada com 23 profissionais, inclusive médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, enfermeiro e técnicos de enfermagem, realizada por meio de uma entrevista semiestruturada. A coleta de dados foi realizada nos meses de junho e julho de 2015, e entre abril e maio de 2016. Resultados: Os procedimentos da fase pré-cirúrgica estiveram relacionados ao termo de consentimento, avaliação do membro a ser amputado e orientações a seguir. A realização da cirurgia e a eleição do nível da amputação dependem do nível da lesão vascular, do trauma ou em outros casos da infecção. No pós-cirúrgico, avaliou-se no coto alguns sinais e/ou sintomas: curativo, presença de espículas ósseas, processo de cicatrização, dor fantasma e mobilidade. O termo curativo e atadura foram citados como sinônimo de enfaixamento do coto. Com relação às orientações no ambiente hospitalar e para alta foram indicados alguns protocolos, tais como: cuidados com o coto, enfaixamento compressivo com faixa elástica, posicionamento e encaminhamentos para a reabilitação. Os serviços e protocolos hospitalares seguem as Diretrizes Brasileiras, porém condutas como avaliação e tratamento da dor no coto e da dor fantasma, e também o enfaixamento compressivo devem ser incentivadas e praticadas. Incertezas relatadas pelos profissionais foram relativas ao encaminhamento à reabilitação pré- e pós-protetização. Conclusão: Os resultados deste estudo repercutem diretamente na pessoa amputada, pois o recebimento de direcionamentos precisos facilita o processo de reabilitação de forma mais rápida e eficaz.
Heart rate variability and phantom pain in male amputees: Application of linear and nonlinear methods/ Variabilidade da frequência cardíaca e dor fantasma em homens amputados: Aplicação de métodos lineares e não lineares.
Elena Sarabia Cachadiña, PhD; Pablo Granados García, MSci; S. C. Tonon Da Luz, PhD; Rebeca Goya Esteban, MSci; Óscar Barquero Pérez, MSci; J. Naranjo Orellana, PhD; F. J. Berral de la Rosa, PhD.
Resumo - A dor do membro fantasma (PLP) é um fenômeno que
pode aparecer entre pessoas com amputação. Alguns estudos revelam que 70% das pessoas com amputação experimentam PLP anos pós-amputação. Faltam evidências científicas sobre a causa do PLP. Foi hipotetizado que o sistema nervoso autônomo (SNA) poderia estar envolvido no mecanismo que desencadeia a PLP, mas essa hipótese permanece obscura. O objetivo deste estudo foi correlacionar a função ANS, através análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC), com PLP em homens adultos com amputação. A população do estudo foi composta por 35 indivíduos, com 27 relatando PLP frequentemente ou sempre. O resto dos sujeitos não relataram qualquer PLP. A fim de calcular linear e parâmetros não lineares de VFC, todos os sujeitos foram submetidos a 10 min de monitoramento da freqüência cardíaca em repouso. O estudo não encontrou correlações entre os parâmetros de VFC e PLP. A maioria dos assuntos mostraram valores diminuídos nos parâmetros lineares de VFC enquanto os valores não lineares eram normais. HRV não está implicado em PLP. Métodos lineares e não lineares para análise de HRV podem refletir diferentes fenômenos fisiológicos; enquanto os valores lineares colocam pessoas com amputação em risco cardiovascular, valores não lineares indicam normalidade.
Physical therapy evaluation in the immediate post-operative period of patients with lower limbs amputation assisted at the hospital bedside: Avaliação fisioterapêutica no pós-operatório imediato do paciente amputado de membros inferiores atendido à beira do leito hospitalar
Tuane Sarmento, Soraia Cristina Tonon da Luz, Elaine Ferreira de Oliveira
Resumo - A amputação de membro inferior (MI) compromete a qualidade de vida e a funcionalidade do indivíduo, necessitando de reabilitação imediata com auxílio de equipe multiprofissional. Esta pesquisa teve como objetivo descrever o perfil sociodemográfico e físico-funcional do amputado de MI, avaliado à beira do leito hospitalar no pós-operatório imediato. Trata-se de um estudo descritivo e transversal, avaliados pacientes do Sistema Único de Saúde, submetidos à amputação de MI de qualquer etiologia em um hospital público. A coleta ocorreu através de notificações da equipe do hospital sobre os casos de recém-amputados, totalizando quatorze sujeitos. A idade média dos participantes foi de 44 anos, sendo 86% do sexo masculino. A etiologia da amputação predominante foi trauma automobilístico por acidente de motocicleta e nível transtibial. Pela perimetria constatou-se que 43% dos indivíduos apresentavam edema no coto quando comparado ao contralateral. Em relação à dor no coto, 93% dos sujeitos relataram sentir, enquanto 78% relataram sentir dor fantasma e sensação fantasma. Em relação à força muscular normal no membro amputado, esta esteve presente em apenas 1% dos pacientes, ao passo que o membro intacto esteve presente em 48% dos indivíduos para qualquer grupo muscular. Na mobilidade no leito, 32% dos indivíduos apresentaram independência completa. No ortostatismo unipodal nenhum paciente foi capaz de ficar em pé de forma independente. A partir dos dados coletados concluiu-se que o fisioterapeuta deve estar atento à força muscular, mobilidade na cama e equilíbrio estático do amputado, a fim de evitar contraturas musculares e facilitar a prótese.
Amputation surgeries dues to external causes performed in public hospitals in Santa Catarina, Brazil
Cirurgias de amputação por causas externas realizadas em hospitais públicos de Santa Catarina, Brasil
Soraia Cristina Tonon da Luz, Tuane Sarmento, Ruy Lorenzetti Branco, Tayla Siqueira Ruy, Gesilani Júlia da Silva Honório, Kadine Bender dos Santosd
Resumo - Objetivo: Caracterizar o perfil das cirurgias de amputação de membros inferiores por causa externa, realizadas em hospitais públicos do estado de Santa Catarina. Método: Estudo descritivo, epidemiológico e de base hospitalar analisou as permissões de internação hospitalar (AIH) (N= 4158) no período de 2008-2014. Resultados: Houve predomínio da população masculina (79,1%), faixa etária entre 18 e 29 anos (17,7%). A forma de amputação mais incidente foi por lesão traumática parcial ou completa com envolvimento de um dedo. Os três municípios mais afetados foram Chapecó, Criciúma e Brusque. Houve uma diminuição no número de amputações principalmente nos últimos quatro anos. Apesar disso, as amputações são um problema de saúde pública reconhecido mundialmente. Conclusão: O acompanhamento epidemiológico por meio das AIH's se traduz como um indicador para monitorar e desencadear ações de melhoria da assistência especializada ao paciente amputado com vistas à prevenção, organização dos serviços e treinamento de equipes multiprofissionais.
Palavras-chaves: Amputação, Causas Externas, Hospitalização, Sistemas de Informação
Amputee patient’s notification file facilitator for early rehabilitation: hospital notification: facilitator in amputee rehabilitation.
Ficha de notificação facilitadora ao paciente amputado para reabilitação precoce: notificação hospitalar: facilitador na reabilitação de amputados.
Soraia Cristina Tonon da Luz, Tuane Sarmento, Ruy Lorenzetti Branco, Tayla Siqueira Ruy, Kadine Bender dos Santosd, Rafael Isac Vieira.